domingo, 25 de julho de 2010

Ilusão em vão

Naquele dia o tédio me consumia
aquelas paredes brancas
o tic-tac do relógio
os passos silenciosos da escuridão
me atormentavam,
tentando acabar com o resto de mim

Tentavam em vão, pois a muralha estava armada

Além do tédio, havia a preocupação
de perder aquilo que nem tinha
aquilo que criei

Estava ficando louca
meus olhos já não enxergavam mais
a voz havia acabado
os sentidos todos esfacelados

Como fui tola em não perceber
a tortura estava sendo executada
o que tinham me avisado
estava sendo feito, e eu cai como uma qualquer

Acéfalo ser, perdi-me por algo que nunca existiu.
Estúpido ser!

24/07/2010
Ana

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