terça-feira, 17 de agosto de 2010

Em que mundo vivo?


A noite negra invade minha mente já devastada
O vento gélido sopra na minha face esfacelada por minhas mãos
Meus pés se movem sem direção por este chão
Que um dia ei de fazer parte

De minha boca saem palavras que desconheço
E demônios que criei dentro de mim
Meus olhos vêem pessoas desgraçadas pela vida
Humilhadas por elas mesmas e ainda assim felizes
Eu não entendo
Porque estas são felizes e eu não?
Ou sou feliz e não o que é felicidade?

Agora, as lágrimas já caem sobre o rosto congelado
Tento arrancar meus olhos pra não ver mais ninguém
Pra não ver mais ninguém sofrer, pra não mais me ver
Mas eu não consigo, pois sou fraca
Sou um mero ser humano
Que está aqui para ocupar mais um pouco de espaço

Quero me atirar nos braços de deus
Mas eu não sei se ele existe
Eu não sei se eu existo
Quero que alguém me proteja
Quero que alguém me de um tapa na cara
E diga que estou errada
Quero que respondam minhas perguntas
Quero que sequem minhas lágrimas
Eu quero tudo e nada ao mesmo tempo
Eu quero só ser feliz
Como qualquer ser humano



Ana
16/08/2010

1 comentários:

Unknown disse...

esse poema me lembra quando eu era criança e ficava me perguntando sentada em minha balança se realmente o mundo existia se eu existia,se as pessoas enxergavam as coisas do mesmo modo que eu exergava e que sentia.beijo

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