domingo, 3 de outubro de 2010

A Liberdade

Gosto de liberdade, de ter eu mesma em minhas mãos, de fazer o que me der vontade, quando me der vontade, sem depender do que pensam, do que pensariam, do que sabe-se lá.

Ah, não há nada como ser livre, agir e pensar por suas convicções, andar para lugar algum, andar pelo simples prazer de andar.

Ser independente, conseguir correr atrás da minha felicidade, e fazê-la acontecer da melhor forma possível. Sem amarras que um dia alguém impôs, e nós tolos facilmente aceitamos.

Tudo isso, não quer dizer que não me envolva, não me enrosque, e muitas vezes me prenda a algo ou alguém. Porém, que estes aceitem a minha liberdade, eu não a mudarei. Ela faz parte da minha essência, do meu eu, de mim enfim.

Ela me molda, me faz agir, me faz ir, é o meu impulso. É o que me conduz por estes caminhos tão sórdidos, sombrios e arenosos que às vezes temos de enfrentar. É o quem me motiva. Faz-me passar por estes terrenos instáveis dando pulinho s de alegria.

A minha liberdade permite que eu dependa de alguém, que eu chore, grite, me irrite com as pessoas quando estas merecem ou por eu estar irritada mesmo, não importa. Ela permite erros, que eu peça perdão, mesmo que todos achem que eu estou com a razão.

A minha liberdade é só minha, de mais ninguém, então jamais tente impor regras a ela, ela não pode ter regras, ela jamais terá, ela é liberdade, a minha liberdade.
Cada um tem uma liberdade diferente, geralmente a minha me prejudica, outras tantas me traz a alegria.
Preciso, quero, necessito ser livre, mas na mesma proporção desejo muito ter quem amo perto, afastá-los não é o melhor caminho, é só eu tentar manter uma distância segura para eu não morrer caso eles se arranhem.

Ah, minha amada amiga liberdade, não me deixes nunca, me leve a todo lugar que vá. Mesmo que façam de tudo para nos separar eu não lhe abandonarei também. Façamos um pacto aqui, para a eternidade de minha alma e de minha sanidade (ainda que esta seja geralmente contestada) que tu faça parte de mim por inteira, e eu em troca, lhe dou minha vida para que possas a conduzir. Então, topas?


Ana (:

terça-feira, 7 de setembro de 2010

O vento que se foi

O sol no céu de azul límpido,
as árvores dançando a mais bela música que há,
os rios compondo a melodia suave.
Minha tez pálida resplandece a luz solar,
lábios vermelhos acariciam a bela maçã,
como algo tão inofensivo, pode ser símbolo de pecado?

Os grandes largos verdes me trazem a memória
histórias banais, que de mim fazem parte
Andando por estes verdes tão singelos
tento refazer os passos que um dia fiz,
já não consigo mais.
As almas que me acompanhavam se foram.
Ficou somente o registro disto,
Ficaram as marcas, as pegadas na lama,
o verde também se fora.

Cabelos as vento, descalça, sentindo a força da terra fria,
respiração ofegante, como naquela noite gélida
o calor não me toma, como me tomou.
Grito o mais alto que posso,
na mesma frequência dos assovios monstruosos do vento.
As árvores me escutam,
parece que me respondem aos meus gritos,
os quais não são de socorro, mas sim num pedido de alento.

Os raios do sol envolvem-me, trazendo conforto, sem calor.
A cada segundo que se vai, fico mais clara,
palidez já não se encaixa mais em mim,
transparência já me toma conta.
Me enxergue pela última vez,
antes que eu desapareça.



Ana Carolini
5/09/2010






sábado, 4 de setembro de 2010

A menina robô

A menina robô não pensava
fazia tudo que lhe pediam, era a queridinha de todos
ela fazia regime, ia todos os dias a academia
ela não reclamava, não chorava

ela ria de piadas toscas
Não amava nada nem ninguém
e todos a amavam
Ela não sofria, nem se decepcionava
não tinha nenhum sentimento
Todos eram seus amigos
porém ela, não era amiga de ninguém

Um dia, chegou um forasteiro
a menina robô foi falar com ele, como de costume
ele não se agradou
saiu daquele lugar imediatamente
ela ficou sem entender o porquê
já que ela não pensava
Então, ela perguntou a uma pessoa que ali passava
Este lhe disse: “saia da armadura, seja o que você quer, e não o que é conveniente”
Ela o ouviu, sem compreender

A menina robô era perfeita
ela sabia disso, as pessoas gostavam também
Por que aquele forasteiro não?
Ela se aproximou do forasteiro novamente
ele a olhos nos olhos
Ninguém havia feito isso antes
Ela chorou e riu, tremeu
A menina robô virou emoção
emoção que comoveu o forasteiro
O forasteiro o abraçou
abraço de amigo verdadeiro

A menina robô se transformou
Agora, ela sentia dor e frio
amor, sofrimento e calor
ela sorria de felicidade
Ela se transformou em um ser caridoso e autêntico
ela tem sonhos e objetivos
Agora ela vive, não apenas existe
Ela tem um amigo apenas
porém, ela é amiga dele também
A menina robô não perdeu nada
Afinal, nada tinha

Os outros que queriam ela robô
Não sentiram sua falta
Sentiram falta do robô
Que o servia como reis
Que se dedicava a eles integralmente
Sentiram falta da marionete, do brinquedinho que tinham
Agora, ela vive, não apenas existe
Ela sabe que sempre terá o forasteiro para lhe ajudar
E o forasteiro sempre terá uma amiga eternamente grata
Por lhe devolver a vida, por lhe ensinar a viver verdadeiramente.



Ana Carolini
04/09/2010

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Desejo

Olhe dentro de meus olhos vermelhos E veja que o que lhe falo
É o mais puro sentimento
Que as lagrimas são o alerta que não aguento mais

Tu se foste e teu cheiro está entranhado em minha pele
Teu gosto delirante está em mim
Cabelos despenteados me escondem
Paredes acham que me dão segurança
O que preciso são de teus braços
Quentes, fortes e cheios de amor

Meu desejo te procura
Já não me reconheço mais
A carne fraca e suja já não é tão importante
A alma é muito mais sublime
Agora, te desejo com a alma
Com o amor que descobri que tenho

Venha!
Não venha secar minhas lágrimas
Nem mesmo me trazer conforto, ou somente me abraçar
Venha saciar o meu desejo
Desejo de fogo, de alma
Desejo que jamais tivera
Que não será saciado por um momento apenas
Desejo de tudo e de nada
Desejo infinito de para sempre ou nunca
Simplesmente desejo


Ana Carolini
02/09/2010


Silêncio Gritante

Preciso ficar no meu silêncio
Isolar-me de mim mesma
Rever meus conceitos
que mudam a cada dia que passa
Preciso escrever palavras toscas
as quais lerei depois e chorarei sobre elas


Proteger a alma, o amor
e quaisquer resquício de algo bom
que ainda há dentro de mim
Sou certa errada, cruel e bondosa
Busco me completar comigo mesma
Criar um ser completo
Que saiba construir e destruir
Afinal, nada deve ser eterno,
assim como não é
O infinito só existe
Por nossa vã compreensão


Preciso do meu silêncio
para me compreender
Dos meus gritos, para me ouvir
Minhas mãos para fazer
Meu espírito para sentir
Sentir algo que não compreendo,
que não ouço e que não faço
Preciso de tão pouco
Entretanto este pouco é tudo
E eu não o tenho


Ana Carolini
02/09/2010

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Em que mundo vivo?


A noite negra invade minha mente já devastada
O vento gélido sopra na minha face esfacelada por minhas mãos
Meus pés se movem sem direção por este chão
Que um dia ei de fazer parte

De minha boca saem palavras que desconheço
E demônios que criei dentro de mim
Meus olhos vêem pessoas desgraçadas pela vida
Humilhadas por elas mesmas e ainda assim felizes
Eu não entendo
Porque estas são felizes e eu não?
Ou sou feliz e não o que é felicidade?

Agora, as lágrimas já caem sobre o rosto congelado
Tento arrancar meus olhos pra não ver mais ninguém
Pra não ver mais ninguém sofrer, pra não mais me ver
Mas eu não consigo, pois sou fraca
Sou um mero ser humano
Que está aqui para ocupar mais um pouco de espaço

Quero me atirar nos braços de deus
Mas eu não sei se ele existe
Eu não sei se eu existo
Quero que alguém me proteja
Quero que alguém me de um tapa na cara
E diga que estou errada
Quero que respondam minhas perguntas
Quero que sequem minhas lágrimas
Eu quero tudo e nada ao mesmo tempo
Eu quero só ser feliz
Como qualquer ser humano



Ana
16/08/2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Grades da dor

A prisão, a limitação
está dentro da minha cabeça
A raiva que se alastra
afeta meu coração
Oh! dor infame e profunda
Que me joga no abismo da solidão
Dor que me consome
Mente, liberta-me!
Tire esta dor de mim
Não quero mais sofrer
Deixa-me em paz
Na paz da morte se preciso
Me deixe ser feliz
Me tira deste inferno
Me tira daqui!
Eu lhe imploro
com as minhas últimas forças.

Ana
2010

O chão frio

Deitada no meu quarto
O chão frio aquecia minha mente
Uma música triste,
 fazia a trilha sonora daquele momento
Os olhos das fotos me olhavam
me sentia vigiada
Os ursinhos de pelúcias e os sutiãs
Infância e adolescência,
ingenuidade e malícia
lado a lado, compunham a cena
Parecia um filme
Senão fosse os medos, as angústias
e as dúvidas ali presentes
Estaria tudo perfeito

Ah! a perfeição, algo totalmente sem sentido
Que maldito desejo este nosso?
De atingir a perfeição
Ela está dentro de nós
Nós somos o que há de mais perfeito
neste mundo, e ainda queremos mais
Estúpidos seres, somos
Não conseguimos nem o que está dentro de nós
Então, como entender o outro
aquele ser desconhecido
Conhecer a nós mesmo é essencial,
se quisermos conhecer eles

E, eu ainda inerte lá
no chão frio do meu quarto,
minha falsa fortaleza,
meu casulo de isolamento moderno
Lá, acho que posso tudo
Até mesmo, ser perfeita

31/07/2010
Ana


As ondas fortes do mar vem para me mostrar, a revolta dos muitos lá perdidos.

Ana Carolini

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Aquilo que sinto

A tristeza consome o meu ser,
 me invade sem nenhum pudor
por mais que em minha face haja um sorriso
em minha alma só há escuridão,
se é que ainda tenho alma
pois a tristeza é tanta que me corrói por dentro
que faz eu me autodestruir

Tudo cai por terra agora
todos os estigmas de meu corpo
me lembram por aquilo que passei
mas não o porquê sofro
Afinal, são apenas marcas

Hoje descubro que nada sei
que o que pensava, dizia e afirmava
não se fazem presente neste momento
Somente a maldita tristeza me faz companhia
Somente ela!
Nem sozinha consigo ficar

Mente, alma, carne, sangue
se misturam agora em um só
e dor finalmente chega ao auge,
nem a sinto mais,
não me importo agora
Ela já faz parte de mim

A partir da agora, nada mais importa
Que acabe-se logo com isso!
Que se acabe!


30/07/2010
Ana


Porque, às vezes, acordar tem lá suas muitas desvantagens.
Clarice Lispector

terça-feira, 27 de julho de 2010

Deixa eu

Deixe eu ficar de pijama o dia inteiro
Deixa eu acordar as duas da tarde
e dizer que ainda estou com sono
Deixa eu beijar quem eu quiser
Deixa, vai

Deixe-me sair correndo na tempestade
Deixe-me!
Um raio não irá cair sobre mim
Deixe eu pegar um resfriado
Me deixe morrer se preciso
Deixa eu falar sozinha na frente do espelho
cantar no banheiro, gritar no vazio

Deixa eu olhar filmes sangrentos e de amor
Deixe eu chorar com os finais tristes ou felizes
Deixe eu torcer pra mocinha,
deixe eu ser a mocinha
Deixa eu, deixa!

Deixa eu jogar com sapos
cantar com os pássaros
correr com os guepardos
amar com os leopardos
voar com as águias
Deixa vai, deixa!

Deixe eu morrer feliz
Deixe eu viver como sempre quis
Deixa eu, vai, deixa
Me deixa!

27/07/2010
Ana


"Escuta: eu te deixo ser, deixa-me ser então."
Clarice Lispector

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Olhe...

Olhe dentro dos meus olhos e veja que eu não sou como você pensa.
Olhe de coração aberto, pois você verá que a grande maioria dos seus conceitos sobre mim, estão errados.
Enxergue dentro de meus olhos a menina inocente que ainda existe, mas não deixe de enxergar a mulher que estou me tornado.
Olhe para mim e veja o quanto evolui, mudei, cresci.
Veja que não sou somente estereótipos, criados dos devaneios de alguém.
Olhe para mim e veja que eu sou de carne e osso, como você.
Olhe para mim e sinta que tenho sentimentos.
Que choro, que rio, que está máscara de equilibrada está muito longe de representar o que eu realmente sou.
Olhe para mim e veja que eu sou somente a Ana, nada mais que isso.
Quem sou eu para dizer como você deve me ver, mas não custa nada você tentar me ver assim.



Março de 2010

domingo, 25 de julho de 2010

Externo e interno

Quando eu olho e volta, todos estes livros e cadernos
Minhas anotações jogadas lá no canto
e meu coração no outro
Quando olho em volta, e percebo que me afasto das pessoas
e que faço elas se afastarem por mim por capricho
a tristeza vem
Minha muralha desmorona, meu falso sorriso acaba
até a tinta da caneta termina,
pois ela sabe o quanto dói escrever isso


Como um computador, deveriamos poder apagar de nossa mente
tudo aquilo que não queremos mais
Mas não sou um computador, sou humana, um animal sentimental
Vejo também, que tudo o que aprendi na escola,
não me ajudam nos relacionamentos, sejam eles de amizades ou amorosos
Tantos dias perdidos, tantas preocupações pra nada


De que adianta ter dinheiro ou inteligência
e não ser feliz, para alguns o dinheiro basta
Porém, no meu futuro quero mais felicidade,
do que dinheiro, é isso que espero

E por mais que coloquem a disciplina "Relacionamentos"
Jamais aprenderemos algo,
já que a nossa geração, não consegue nem interpretar um texto
quem dirá um sentimento.


17/07/2010
Ana

Conflitos

Estes conflitos malditos, normais, anormais, irracionais
que me fazem gritar, transbordar de agonia, tensão
que me levam a um mar de emoção
conflito que me dividem em mil

No ápice da pertubação
encontro aquele pensamentos passados
pensamentos que me transtornam
que me mostram aquilo que não quero mais saber
que questionam os meus "eus", as minhas personalidades

Pensamentos este que jogam luz sob os preconceitos que tenho
sob as palavras mal ditas
sob as atitudes impensadas
sob a fera ridícula e monstruosas
amendrontada e atordoada que mora aqui

Conflitos que eu mesma mal sei quais são
Então, como resolvo?
Não resolvo, não quero, não me interessa
Afinal, de que importa?

Se eu solucionar isto,
como minha mente irá funcionar
vazia ela ficará
se os aterrorizantes conflitos acabarem
eu acabo junto com eles
Pois aquele que não pensa, não existe.


25/07/2010
Ana

Ilusão em vão

Naquele dia o tédio me consumia
aquelas paredes brancas
o tic-tac do relógio
os passos silenciosos da escuridão
me atormentavam,
tentando acabar com o resto de mim

Tentavam em vão, pois a muralha estava armada

Além do tédio, havia a preocupação
de perder aquilo que nem tinha
aquilo que criei

Estava ficando louca
meus olhos já não enxergavam mais
a voz havia acabado
os sentidos todos esfacelados

Como fui tola em não perceber
a tortura estava sendo executada
o que tinham me avisado
estava sendo feito, e eu cai como uma qualquer

Acéfalo ser, perdi-me por algo que nunca existiu.
Estúpido ser!

24/07/2010
Ana

sábado, 24 de julho de 2010

Entre lembranças e esquecimentos

Não se esqueça do meu beijo, nem do meu hálito, muito menos dos meus abraços

Não esqueça o amor que senti por ti, nem a afeição e o carinho que houve entre nós

Não esqueça as ligações no meio da tarde sem motivo algum, que nos faziam rir como bobos

Não se esqueça do brilho dos meus olhos quando lhe viam

Não se esqueça da magia que havia entre nós, nem da felicidade que nós transpirávamos

Era tudo tão lindo, tão especial, mas acabou e agora eu peço a você que...

Esqueça as palavras cruéis que lhe disse, num surto de raiva

Esqueça os ressentimentos, magoas e tudo mais que aconteceu de ruim entre nós

Esqueça aquele dia que lhe dei as costas, e gritei que não era importante para mim

Esqueça, elimine, apague de sua memória estas lembranças que não são agradáveis

Lembre-se somente daquilo que fez você se apaixonar por mim, pois isto é o meu melhor

Lembre que eu o amei, amei mais do que a mim mesma, isso que nos destruiu.


23.07.2010

Não espere...

Não espere que eu seja totalmente sincera, pois não serei
Não espere um sorriso alegre, quando meus olhos estiverem tristes
Não espere um beijo doce, quando estiver amarga
Não espere que eu te entenda hoje, nessa situação
Não espere por amanhã, pois ele pode nem chegar

Não espere que eu vá sempre atrás de você, pois um dia cansarei
Não espere que eu seja forte, quando eu tiver desabando
Não espere que eu seja sensata
Não espere que eu sorria, quando estiver com vontade de chorar
Não espere que eu sussurre, quando estiver irritada

Não espere que eu diga-lhe adeus, para dar-me valor
Não espere que eu seja perfeita, pois jamais serei
Não espere eu te chamar para dançar
Não espere de mim sanidade, quando você já me deixou louca

Não espere que eu feche meus olhos
Não espere que eu cale-me, quando tenho tanto a dizer
Não espere carinho, quando já não tiver mais sentimento
Não espere que as coisas simplesmente aconteçam, faça acontecer

Não espere que eu lha conforte, quando eu estiver com raiva
Não espere que eu seja agradável, quando meu coração estiver despedaçado
Não espere tanto de mim
Espere somente que eu lhe ame
Não espere nada mais que isso



Fevereiro de 2010

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Saudade, ah, a saudade

Lágrimas brotam em meu rosto, não são de tristeza, muito menos de felicidade, são de saudades, estou a tanto tempo sem ti ver. Mas ainda sinto teu cheiro. Ainda lembro de gosto do teu beijo. Tenho vontade de sair correndo, quando essa amiga indesejada vem.

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Agora fico aqui relembrando nossos momentos juntos. Sozinha. Não tenho vontade de estar com ninguém, de fazer nada. O sol entra pela janela, convidativo para sair de casa, de ir para fora, respirar ar puro, mas não tenho vontade de sair do quarto. Ultimamente a minha melhor companhia é a caneta e o papel.
Lágrimas de meus olhos já não caem, pois as guardo para um motivo mais nobre, o de te encontrar.


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Mesmo depois de tanto tempo,
quando fecho os olhos ainda posso sentir teu perfume.
Mesmo depois de tanto tempo sem te ver,
ainda posso lembrar de cada detalhe do teu rosto.
Ainda posso sentir o gosto do teu beijo,
ainda posso sentir tua respiração ofegante junto a mim.
Ainda posso te amar, como se estivesse aqui.


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Queria poder contar o que está noite sonhei, mas não posso, porque esta noite nada sonhei, tanta era a angústia de te ver.



2009

Noites

A noite está negra, sombria, diria que tenebrosa
Meu humor está como a noite
Só com o meu olhar, poderia calar uma multidão
Com uma únca palavra magoria
Muitas pessoas que amo
Na situação que estou
É melhor ficar no escuro da noite
No fundo do poço da solidão.

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De que adianta gritar, se não tem ningumém aqui para me ouvir
Então é so sussurrar, só para mnha mente e eu escutar
Escuto sem querer escutar, mas se me calo
Meus pensamentos tornam a me atormentar
"Tu és culpada", "foi tu a culpada não negues"
De que adianta chorar se não serei perdoada jamais?


2009

Olhares

Quando a brisa fria soprar
Teu braços quentes irão me aquecer
Teus lábios macios estarão
a beijar os meus lábios vermelhos
Tuas mãos estarão a me acariciar

Nossas mentes e corpos estarão em sintonia
Nossos olhares se cruzarão
então, ficaremos calados
Pois as palavras perderão o sentido
Se tornam tão vagas,
fúteis naquele momento

Falaremos uma linguagem universal
A linguagem do amor
Do qual todos entendem
Mas eu preciso de você
Para entender completamente
Preciso de você aqui para me sentir bem
Preciso de ti para completar minha felicidade

12/04/2009

Preciso!

Preciso sorrir, apesar do peso em minhas costas
Preciso gritar, mesmo que ninguém possa me ouvir
Preciso lutar, mesmo que já tenha perdido inumeras batalhas
Preciso amar, mesmo que na verdade eu preciso ser amada
Preciso me perdoar, mesmo sabendo que estava errada
Preciso correr, pois não tenho mais tempo a perder
Preciso flutuar, mesmo que eu deva manter meus pés no chão
Preciso abraçar, mesmo sabendo que não o terei de volta
Preciso continuar, mesmo não tendo mais forças
mesmo querendo descansar, mesmo não querendo mais continuar.


8/04/2009

Eu prefiro


Prefiro morrer de amor do que de ódio
Prefiro morrer de felicidade do que de tristeza
Prefiro morrer de prazer do que de tédio
Prefiro morrer de cansaço do que de preguiça
Prefiro morrer de carinho do que de desprezo
Prefiro morrer de loucura do que de sanidade
Prefiro não morrer, mas sei que vou
Prefiro ficar, mas não devo
Prefiro mandar, mas não posso
Prefiro esperar, afinal é só o que me resta.

07/04/2009

Cansei

De sorrir e não ser retribuída
De ajudar e não ser ajudada
Amar e não ser amada
De arriscar tudo por uma objetivo,
e o outro simplesmente esnobar.

De fechar os olhos, quando na verdade
eu queria abri-los
Derramar lágrimas por um singelo arranhão
De andar e não chegar a lugar algum
De falar e não ser ouvida
Perguntar e não ser respondida
De jogar e nunca ganhar

De viver por viver
De sempre mudar, sem alterar nada
sem melhorar em nada
De amadurecer e ninguém perceber
De odiar querendo amar

De ser julagada, sem motivos
De chorar pelos outros
Cansei de ver-te  sem sentir-te
De tocar-te sem sentir-te teu calor
De beijar-te sem amor
Desculpa, cansei de sofrer


11/04/2009

Sem você

Horas cumpridas
Minutos infinitos
Segundos impossíveis de descrever
quando estou longe de você

Quanto mais tento te esquecer
Mais lembro de ti
Fico inquieta quando não te vejo
Quando não te ouço
Quando não sinto teu calor
Quando não escuto teu coração bater

Quando finalemnte te vejo
Meu coração para e dispara
Teu olhar me acalma
Teu sorriso me consola
Problemas não tenho
quando contigo estou
Meu amor!


19/03/2009

Simplesmente não sei

Amor?
Não sei explicar
Não sei se o que sinto
É realmente amor
Se não é só invenção
Ou imaginação, sei lá

Tem umas coisas que sinto
Que não queria sentir
Pois não consigo controlar
Ninguém me explica
E nem sei se quero saber também
Será que vale a pena saber?

Então prefiro só sentir
Sem saber exatamente o que é
É melhor assim
Continuo confusa, perdida
Mas sem perder a minha essência


16/03/2009

Poemas perdidos em uma mente pertubada ...

O olhar mais belo é aquele que te inebria,
que diz te amo sem falar,
que te afaga sem te tocar
que mesmo de olhos fechados,
está a ti olhar.
Ainda não encontrei o meu olhar,
Ele está perdido, vagando por este mundo,
Tão belo, tão lindo, tão perfeito.
Estou a ti procurar.



Voo sem medo
Tenho ideias loucas
a teu respeito
Meu amor, minha dor!



Contrarregra é o teu amor
Tão perfeito,
que chega a ser irreal.



Quando nos olharmos pela primeira vez, teu corpo irá extremecer, meu coração disparar. Então, nossas alamas se unirão.


Olhos negros malditos,
Me perco neles
Me mentem, seduzem
Quando me olhas extremesso
Sem saber, lhe amo
Meu maldito!



Maldito desejo esse que me consome,
que acaba com minhas energias,
desejo de não mais amar,
de não mais aprender,
de não mais viver.





Quando meus olhos não te verem mais,
nem minha pele sentir a tua,
não é por que meu amor por ti morreu,
é por que de amor por ti morri.



Na solidão dos meus passos
Na companhia da morte ou da vida
Não sei bem ao certo
Se estou vivendo um inferno
ou se morri
E fui para o inferno.



É tão difícil querer você sem te ter, é tão doloroso amar sem te ter. Não aguento mais ficar longe de você.



Para algumas pessoas escrever é algo libertador, para mim é um ato de aprisionamento, pois estas palavras que escrevo sempre estarão ligadas a mim.


2009

terça-feira, 20 de julho de 2010

Máscaras

Não adianta se esconder
Atrás desta máscara
Um dia ela cairás
E tu serás rebelado
Como realmente és

Teu coração és negro
Não tem como ser arrancado
E trocá-lo por um puro
Achas tudo muito fácil
Pois todos sofrem por ti
Para que tu não sofras
Fazem isso involuntáriamente
Já que não te conhecem

Mente, engana
No desespero de se esconder
De não ser descoberto
Ora!
Já foi revelado
Só tu não percebes
Fuja logo
Já que não tem coragem
De enfrentar todos
Sem as máscaras

2008

Doce ilusão

Vejo tua face em toda parte
Teus olhos brilhantes,
me deixam cega
E assim não posso ver
Teus erros e problemas
que me pertubam
Ó doce ilusão que criei
Logo ao te ver
Achando que poderia ser diferente
Que poderia me amar
de verdade e não mais só fingir
Que poderia te ter em meus braços

Mergulhei na fantasia de encontrar o teu amor
De encontrar quem não sou
Ainda não entendo
Por que eu queria mudar
Mas mudei,
me transformei
E agora aqui estou
Sem nenhuam doce ilusão
Para me alimentar

2008

Escuridão

Vives por que inútil ser?
Se lamenta por tão pouco
Disespera-se por nada
Humilha-te
Na ilusão de se libertar
Das algemas de tua alma
Dos suplícios da tua mente
Do desespero de teus olhos
Da histeria dos teus gritos
Do ódio de teu ser
Das agonias das tuas mãos
Tolo, jamais consiguirás
Estando nas trevas, na escuridão
Como enxergar algo,
se não tem luz
Como trilhar um caminho,
que não enxergas?

2008

Até lá...

Já estarei contigo
Minha pele,
 já estará tocando a tua
Teus lábios,
estarão a beijar os meus
Meu coração,
estará palpitando junto ao teu
Teus olhos de esmeraldas,
refletirão nos meus
Tua respiração,
estará sincronizada com a minha
Minha mão,
estará tocando a tua
Estarei a ouvir, a tua voz macia
sussurrando em meu ouvido
Te amo em segredo
E isso não passa de imaginação

2008

Encruzilhada

Sofro, choro
Mas te amo perigosamente
Me fazes alegra
mas não me trás felicidade
Me estimula
não sei se para o bem, ou para o mal

Grita em meus ouvidos
mas não consigo compreender
Tenta me ensinar
mas não quero aprender
Me jogo do abismo
tentando fugir
Do mal que me tráz
Do mal que procuro em ti

Porém não sei se eu seria
eu sem você
Não sei se seria melhor ou pior
Apesar da cólera que causa em mim

2008

Felicidade

Todos os conceitos que tinham
se estrassalharam
A vida se encarregou
de me mostrar
Que a felicidade está
Nas mais singelas
ações do dia-a-dia

Ver a lua e o céu estrelado
O sol nascendo, as aves voando
o sorriso de seu amigo
um beijo apaixonado
um toque de mão bobo

Felicidade está no peito
de cada um de nós
Nos olhos, nas palavras
no abraço apertado
Felicidade é se amar
para poder amar outro alguém.

2008

(modificado)

Quem fica

Em pranto profundo
ou em silêncio absoluto
A dor e o sofrimento de quem fica
É comparável, a um facada no peito

Por mais distante que esteja
Por mais revoltado que seja
Aquele que vai sempre deixa
Algo estampado no coração de seu irmão
Este por sua vez
Chora em vão
Lamentando por não ter feito
o que ele merecia, na sua concepção

E agora lhe pergunto
O que adianta se lamentar?
Talvez me digas nada
Mas que isso sirva de lição
Para que ele de mais valor
ao seu irmão

2008

Mudanças

Sujo, imundo, por quê?
Se já foste tão belo
Inútil, por quê?
Se já tivera as melhores oportunidades
Trazes tanto ódio no coração, por quê?
Se já fora tão amado
Esta tristeza mórbida, por quê?
Se já fora amado e respeitado

Por que estou aqui a me fazer perguntas tolas
das quais sei as respostas
E as escondo em minha mente?

Talvez por medo,
de responde-las
E decepionar me novamente
com os erros que cometera.

2008

Depois ...

Minhas lágrimas de ontem
já não existem mais
Minha tristeza acabou
Meu coração se libertou
Respiro aliviada, durmo em paz
Sem nenhum problema a me atormentar
Segredos não existem
Jamais existirão, dentro do meu coração

As algemas da minha mente quebraram-se
Encontrei meu sapatinho de cristal
Com as pedras em que tropecei
Construí um castelo medieval

A máscara que me escondia
Está a cair
As brasas frias se acenderam novamente
Tudo que me abalava
Agora não passam de coisas fúteis
É uma transformação radical
que só me faz querer mais.

2008

Identidade?

Estou confusa
Não sei quem sou
Ainda não descobri
Choro por besteiras
Quase nunca rio verdadeiramente

Às vezes me sinto só
Mas sei que não estou
Grito sem sentido aparente
Dentro de mim tem um motivo
O qual eu ainda não descobri

Amo pessoas que me amam
Neste ponto sou feliz
Procuro em mim a perfeição
Procuro em vão
pois sei que não existe

Criaturas me pertubam
e outras me ajudam
Me pego pensando em coisas
Talvez impossíveis de acontecer
Mas sonho,
sonhar não paga imposto
Se pagasse estaria pobre
Pobre de dinheiro,
não de felicidade

2008

Fim

Em minha volta há milhões de pessoas
Vejo todas
mas não sinto nenhuma
Umas me olham com desprezo
ou com pena
Outras já nem me olham mais
Queria ter força e poder
Para matar uma a uma
Iria torturá-las
como fizeram comigo

Talvez tu me digas
que estou louca e perdida
Mas sei o que quero
Não vou desistir agora
Que estou tão perto de morrer
e acabar come este sentimento

2008

Procura

Meu coração sangra
Todos estão com pedras a me atirar
Peço ajuda
Procuro compreensão
Mas não compreendes
que não posso
que não consigo

Te peço mais uma vez
Que me ajude, que compreendas
Que não me faça escolher

Por que me causa essa dor
Por que julgas a mim
Sem saber o que sinto
E se souber,
por que faz isso comigo?

2008

domingo, 18 de julho de 2010

Por quê?

Não quero mais te ver aqui
Tenho vontade de ti matar
Não consigo, por quê?
Se quero tanto?

Tenho raiva do teu ser
Tua face me desgraça
Teu sorriso me irrita
Tua voz me dá medo
Mas não consigo te matar

Meus lábios sangram
Tua alma aprisiona a minha
Tento me libertar
Só me aprisiono mais
Sofro, choro

Me torturo com tuas palavras
Me mato com tuas mãos
E nem com isso
Eu entendo o porquê
De eu ter feito isso comigo

2008

Sempre...

Estou deprimida
Sem ânimo para viver, meu peito aperta
Uma dos catastrófica se alastra em mim
Minha mente aprisiona-me ae teu ser

Jogas fora tudo que lhe dei
Tripudias sobre mim
Ainda assim, te amo sem fim
Jogo-me do abismo
Tentando uma solução
Mas só encontro solidão

Agora, caimho sem rumo, sem direção
Sempre encontrando alguém
Que magôo, tripudio e depois jogo fora
Como alguém, um dia
Fez comigo

2008

Cão Imundo

Não vês que és egocêntrica
Que não existe somente tu neste mundo
Que tua vontade não é a de todos
Que por fora
És uma bela rosa vermelha
Porém em teu amago só tens espinhos
Que não te ferem, somente os outros

Ao meu ver, teu ser és inútil e repugnante
Se ti comparares a um cão imundo e sarnento
Nenhuma diferença a de ter

Teu coração és podre e impuro
Nele só há o reflexo do teu ser
Teus olhos só veem o belo
Esqueceram do resto
O que realmente importa
O que realmente merece ser visto

Mesmo assim ainda tens uma última chance
Veja que há um mundo
em sua voltam, e não só você
Então, perceba que tudo mudará

2008

O Drama

Teu cheiro está acabando
Meu coração esfacelando
Meus olhos se fechando
A dor me tomando

Confiei em ti
Fui apunhalada
Mas jamais te esqueci
Sempre estive ao teu lado
Tu nunca esteves do meu

Idolatrava-te como ninguém
Era tua escrava, tua serva
Meu peito transbordava de alegria quando lhe via
Agora é só tristeza e podridão
Aqui dentro de mim
Percebo que tu foste
mais um de meus erros
Nest jornada suja e indigna
de meu ser.

2008

Sem título (:

Te julgas sujo e despresível
Humilha-se, como mesmo diz
Encontra prazer em ajudar os outros,
mas jamais permitiu ser ajudado
Vê o mundo como ninguém mais o vê
És espeto, ágil e destemido
Tuas atitudes tanto te elevam
Quanto te diminuem

Teu coração tem raiva, ódio, tristeza
E um amor que ainda desconhece
Mas quanto conhecer irá se surpreender
Com o que vai poder sentir e fazer

Teu olhar é profundo
Olha para o nada e vês tudo
Desvenda a tudo e a todos
Como podes?
Seu menino maldito

2008

São Só Palavras

É isso, palavras, somente palavras, que junto geram inumeros significados, dependendo da pessoa nenhum.

Começarei por alguns texto antigos, de 2008. Isto na verdade, é só para demonstra um pouco da transformação que passei deste então.

Segue aí, o primeiro:

"Queria me jogar do maior precipício que existe
Para fugir por fugir, não sei do que, não sei o porquê
Só quero é sair daqui,
Me libertar das algemas da minha mente
Da prisão dos meus sentimentos."